quinta-feira, 20 de novembro de 2008


Cem anos volvidos, está ainda por descobrir que tipo de carga social tinha esta figura emblemática do universo leonino. Não só em termos desportivos, designadamente no âmbito da equipa de futebol, mas especialmente em termos globais, pois esteve na fundação do Sporting.
Fundador eclético, e jogador de magníficos recursos, Francisco Stromp, foi o primeiro grande capitão e treinador de futebol do Sporting Clube de Portugal. Nascido em 1892, é perpetuamente o sócio nº. 3, número que possuía quando faleceu, em 1930.Respeitado por companheiros e adversários, atleta de eleição, Stromp comandou a equipa campeã de Portugal em 1923, marcando o primeiro golo da final. Também se sagrou campeão nacional do disco. Foi duas vezes vice-presidente do Sporting.
Francisco Stromp deu, igualmente, nas vistas pelas suas qualidades de simpatia, cavalheirismo e “fair-play”.O Sporting Clube de Portugal, fundado em 1906, conquistou o primeiro título de campeão de Lisboa no ano seguinte (1907) e, em 1923, no mês de Maio, festejou o título pela quarta vez. Francisco Stromp – que na altura era o “capitão-geral do futebol

Já há muito que não se via no antigo Estádio José Alvalade, desde Manuel Fernandes, alguém festejar tão efusivamente cada golo que marcava. Beto Acosta marcou muitos e marcou muito o Sporting Clube de Portugal. Beto Acosta chega a Alvalade em 98/99 com 32 anos e com 25 internacionalizações pela selecção A do seu país, Argentina. Havia representado clubes na Argentina, Chile, Japão e França.Era a grande esperança sportinguista. A estreia porém não foi feliz com uma derrota tangencial nas Antas por 3-2, em 19 de Dezembro de 1998. Nessa mesma época em treze jogos marcou três golos. Não foi inicialmente uma relação muito fácil. Pelo meio uma crise ciática e as constantes acusações por parte dos sportinguistas de que Acosta “ estava velho e acabado”. Tempos difíceis para Acosta, mas que com a sua tempera e estirpe soube ultrapassar logo na época seguinte.Com um assinalável oportunismo e grande capacidade colectiva, Acosta rapidamente ganhou um apelido bem aplicado à sua forma de estar em campo, “El Matador”, tornando-se um dos elementos fundamentais da equipa que fez regressar o título nacional a Alvalade ao fim de 18 anos. Foi o melhor marcador leonino na temporada. Em termos quantitativos foi a sua segunda melhor temporada de sempre, totalizando 24 golos em 39 jogos.a última época de leão ao peito os altos e baixos da equipa do Sporting estiveram sempre muito relacionados com a melhor ou pior produtividade de Beto Acosta, ainda assim facturou 21 golos.Da sua experiência – o somatório de uma carreira na qual se destacam títulos nacionais em três continentes e uma Copa América pela selecção argentina – muito beneficiou o nosso Clube. Depois do Sporting regressou à Argentina, continuando a ser um temível finalizador. Em 16 anos de carreira marcou mais de 200 golos.Conquistou um Título Nacional e uma Supertaça, mas acima de tudo conquistou a memória de todos os sportinguistas.

Na época 1999/2000 o país desportivo foi surpreendido com a contratação de Peter Schmeichel pelo Sporting Clube de Portugal. O “gigante dinamarquês” tinha acabado de conquistar a Liga dos Campeões pelo Manchester United e decidiu desta forma abandonar o clube inglês pela porta grande, igualmente extenuado pelo ritmo de jogos efectuados com uma regularidade de três em três dias.O seu ingresso no Sporting fica incontornavelmente ligado à conquista do campeonato nacional nessa mesma época e em que Peter Schmeichel recorda ainda hoje os festejos leoninos. Peter Schmeichel denominava-se, ironicamente ou não, como um libero, e de facto assim era, um verdadeiro apoio aos centrais sportinguistas impulsionando igualmente o espírito ofensivo do onze leonino. A atitude do dinamarquês nas redes leoninas foi alvo dos mais diversos comentários, que para além da segurança que transmitia à equipa atemorizava de certa forma os seus opositores com a sua estatura e “vozeirão”.Procurou sempre transmitir a sua experiência aos seus colegas guarda-redes e aos demais, cultivando igualmente uma grande empatia com os sportinguistas que tanto admirava pela paixão e dedicação ao Clube.Schmeichel foi comandado nas duas épocas em que esteve no Sporting Clube de Portugal por dois campeões leoninos, Inácio e Manuel Fernandes, conquistando o Campeonato Nacional 99/00 e a Supertaça 00/01. O espírito de confiança, vitória e conquista perpassava assim todo o balneário.«Um grande abraço para todos os sportinguistas. Nos dois anos que estive em Portugal, aprendi a gostar do Clube. Fiquei sportinguista para a vida.» Peter Schmeichel in Jornal Sporting, 7 de Janeiro de 2007.

Os primeiros pontapés na bola foram dados na escola Augusto Gil, na rua da Alegria, no Porto, e, já nessa altura se destacava pelo carisma. Meia hora antes do toque para a entrada, às 7.30 da manhã, o jovem Ricardo, louro, cabelo grande e franja, tomava posição no campo da escola para jogar uma "peladinha". E pode mesmo dizer-se que o futebol foi uma boa escola, já que na companhia do amigo Nélson (avançado) transferiu-se para o Salgueiros, onde se estreou no escalão máximo do futebol português. Foi em 1992, frente ao Farense, e jogou 26 minutos, pela mão de Zoran Filipovic. A época não correu muito bem e desceu de divisão, mas antes disso Sousa Cintra, Presidente do Sporting na altura, já o tinha debaixo de olho após a vitória do Salgueiros contra o Benfica, por 1-0, com golo do próprio Sá Pinto. Ingressa então no Sporting (94/95), estreando-se também contra o Farense, e com um golo. A estreia terminou com o erguer da Taça de Portugal no Jamor. Seguiu-se a Supertaça Cândido Oliveira (95/96), conquistada em Paris frente ao F.C. Porto, por 3-0, com um bis de Sá Pinto. Depois de três épocas a jogar de leão ao peito, o apelo do campeonato espanhol foi mais forte e mudou-se para a Real Sociedad até à época (99/00). O regresso ao Sporting aconteceu naturalmente e a tempo de ajudar a equipa a conquistar outra Supertaça (00/01). A coroação aconteceu na época 01/02 ao sagrar-se campeão nacional.De carácter forte e vincado, chocava de frente com a hipocrisia e cinismo, ganhando inimigos. Mas não dentro de campo, onde foi sempre admirado pelos seus companheiros e adversários, devido ao seu espírito abnegado. Não vergava. No final do último Rio Ave – Sporting, existia fora do estádio uma fila de trânsito de largos metros, o carro que encabeçava este tráfego não podia avançar devido à presença de largas dezenas de sportinguistas à frente do mesmo, neste carro estava Ricardo Sá Pinto, que estará sempre presente na memória colectiva sportinguista. Porque não se esquece um filho.

Balakov


Na temporada 90-91 ingressa no Sporting Clube de Portugal um futebolista búlgaro de grande valia. Um tecnicista perfeito e com excelente integração na manobra da equipa, assumindo muitas vezes a liderança. Sem dúvida um dos grandes esteios do Sporting dos anos 90, desequilibrando e sendo muitas vezes decisivo. Uma estrela, sem nenhum tique de vedeta, aliando o seu brilho de jogador à sua grande humildade fora das quatro linhas.
Ganhou somente uma Taça de Portugal na sua última época em 94/95 o que foi francamente injusto para as excelentes exibições que rubricou de leão ao peito, e representando nessas mesmas épocas a selecção do seu país onde alcançou inclusivamente uma classificação histórica no Mundial de 94.Partiu para o Estugarda, onde hoje também é recordado com muita saudade e onde foi igualmente acarinhado. Marcou um dos golos mais rápidos de sempre na História do Futebol em Portugal, contra o Benfica, em Alvalade, ainda nem decorriam 20 segundos de jogo.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008


Maior goleada para as Competições Europeias
Sporting 16 - 1 Apoel Nicosia em 1963/64
Jogo Inaugural da Taça dos Campeões Europeus por convite
Sporting 3 - 3 Partizan de Belgrado no Estádio Nacional, Jamor, 4 de Setembro de 1955
Primeiro golo na Taça dos Campeões Europeus
Martins aos 14 minutos, contra Partizan de Belgrado a 4 de Setembro de 1955 (Martins bisou nesse jogo)
Jogadores com mais jogos
52 - Damas, Oceano
45 - Manuel Fernandes
44 - Hilário
43 - Beto
42 - Pedro Barbosa
40 - Venâncio
38 - Carlos Xavier
37 - José Carlos
33 - Carvalho
32 - Mário Jorge
Melhores marcadores
43 - Jardel
18 - Lourenço, Manuel Fernandes, Liedson
13 - Mascarenhas
12 - Figueiredo
11 - Cadete,
10 - Yazalde
9 - Sá Pinto

Recordes

Maior goleada para o Campeonato Nacional
Sporting 14 - 0 Leça FC, em 1941/42
Maior goleada na Taça de Portugal
Sporting 21 - 0 CS Mindelense, 1/8 de Final, 1970/71
Maior goleada na Supertaça
Sporting 6 - 1 SC Braga, 2ª mão, 1981/82
Recorde de golos marcados num só Campeonato
123 Golos, em 1946/47
Recorde de golos marcados num só Campeonato pelo mesmo jogador
46 golos em 30 jogos, por Yazalde, em 1973/74
Recorde de golos marcados num só jogo do Campeonato pelo mesmo jogador
9 Golos contra o Leça FC, por Peyroteo, em 1941/42